sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Professores mantêm greve que já dura três meses em Minas Gerais


Decisão foi tomada em assembleia da categoria, nesta quinta-feira. 
 .
A greve dos servidores da educação em Minas Gerais, que completa três meses nesta quinta-feira (8), foi mantida por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante uma assembleia da categoria, em Belo Horizonte. A reunião foi realizada na Praça da Assembleia, Região Centro-Sul da capital mineira. Segundo o Sindicado Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindi-UTE), os grevistas deram um abraço simbólico no prédio da Assembleia e do Ministério Público Estadual, no bairro de Lourdes. A categoria marcou para o dia 15 de setembro nova reunião.

Segundo o sindicato, a nova proposta de remuneração para a educação, enviada pelo governo à Assembleia, ofereceu vendimento mínimo de R$ 712, abaixo dos R$ 1.597,87 para jornada de 24 horas e Ensino Médio de escolaridade, pedidos pela categoria. Ainda de acordo com os trabalhadores, o projeto não contempla profisionais 'de suporte à docência', ou seja, trabalhadores que não são professores, além de não considerar o tempo de carreira e o grau de escolaridade.

O valor defendido pelo Sind-UTE/MG, de R$ 1.597,87, segue cálculo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação. No dia 6 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a lei que criou o piso nacional de salário do professor, fixado em R$ 1.187,97 para este ano. A decisão considerou como piso a remuneração básica, sem acréscimos pagos de forma diversa pelos estados. O Sind-UTE alega que o cálculo do MEC está defasado.

De acordo com a Secretaria de Educação, o modelo continua sendo o de subsídios, que entrou em vigor em janeiro deste ano, mas com mudanças que trazem melhorias.Proposta do governo

O Governo de Minas enviou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira (6), o projeto de lei que muda a remuneração dos professores estaduais. Segundo o governo, as mudanças beneficiam principalmente os profissionais de educação que têm mais tempo de serviço. A nova política foi anunciada pelas secretárias de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.

Segundo a secretária Renata Vilhena, é muito difícil falar em números porque os casos são muito individualizados. “Cada um traz uma história que cria as distorções. O subsídio é para dar uma transparência maior e, a partir disso, criar uma metodologia mais efetiva e transparente à progressão ao longo da carreira. Nós podíamos ter compartilhado mais com o sindicato, mas não foi possível”, falou.

Todos os servidores que optaram pelo modelo de subsídio vão receber um aumento de 5% em abril de 2012, referente a uma data base que seria em outubro de 2012. Eles já haviam recebido um outro aumento de 5% quando adotaram o modelo no inicio deste ano.

Segundo a Secretaria de Educação, 62% dos servidores optaram pelo subsídio como forma de pagamento. Com o novo modelo, a secretaria está dando a oportunidade para os 38%, ou 152 mil, adotarem o modelo de subsídio e ainda ganharem os 5% referentes a este ano e os 5% de abril de 2012. Os profissionais vão ter do dia 1º de setembro a 31 de outubro.

O governo manteve a proposta para os profissionais com nível médio de escolaridade um salário de R$ 1.122 em parcela única. O valor é referente a uma carga horária de 24 horas semanais e, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação, proporcionalmente maior que o piso salarial definido pelo MEC. O órgão fixou o piso salarial nacional em R$ 1.187,97 para jornada de 40 horas semanais.

Sindicato
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) disse que as mudanças apresentadas pelo estado não atendem à categoria, porque o piso salarial da classe não foi alterado. Segundo Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE, para os trabalhadores, o cálculo do pagamento pelo subsídio não atende à lei federal do piso salarial para os professores.

Segundo a sindicalista, o número de adesão ao subsídios apresentado pelo governo também não confere com os números que o sindicato dispõe. Segundo Beatriz, dos 200 mil profissionais que puderam fazer a escolha de manter o vencimento pelo modelo anterior ou do subsídio, 153 mil optaram pela regra antiga de pagamento. Outros cerca de 73 mil trabalhadores não tiveram, segundo o sindicato, escolha e foram colocados no subsídios e mais os 117 mil aposentados, que o sindicado não sabe quantos puderam fazer a mudança ou tiveram a remuneração imposta

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Decisão foi tomada em assembleia da categoria, nesta quinta-feira. 
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A greve dos servidores da educação em Minas Gerais, que completa três meses nesta quinta-feira (8), foi mantida por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante uma assembleia da categoria, em Belo Horizonte. A reunião foi realizada na Praça da Assembleia, Região Centro-Sul da capital mineira. Segundo o Sindicado Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindi-UTE), os grevistas deram um abraço simbólico no prédio da Assembleia e do Ministério Público Estadual, no bairro de Lourdes. A categoria marcou para o dia 15 de setembro nova reunião.

Segundo o sindicato, a nova proposta de remuneração para a educação, enviada pelo governo à Assembleia, ofereceu vendimento mínimo de R$ 712, abaixo dos R$ 1.597,87 para jornada de 24 horas e Ensino Médio de escolaridade, pedidos pela categoria. Ainda de acordo com os trabalhadores, o projeto não contempla profisionais 'de suporte à docência', ou seja, trabalhadores que não são professores, além de não considerar o tempo de carreira e o grau de escolaridade.

O valor defendido pelo Sind-UTE/MG, de R$ 1.597,87, segue cálculo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação. No dia 6 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a lei que criou o piso nacional de salário do professor, fixado em R$ 1.187,97 para este ano. A decisão considerou como piso a remuneração básica, sem acréscimos pagos de forma diversa pelos estados. O Sind-UTE alega que o cálculo do MEC está defasado.

De acordo com a Secretaria de Educação, o modelo continua sendo o de subsídios, que entrou em vigor em janeiro deste ano, mas com mudanças que trazem melhorias.Proposta do governo

O Governo de Minas enviou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira (6), o projeto de lei que muda a remuneração dos professores estaduais. Segundo o governo, as mudanças beneficiam principalmente os profissionais de educação que têm mais tempo de serviço. A nova política foi anunciada pelas secretárias de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.

Segundo a secretária Renata Vilhena, é muito difícil falar em números porque os casos são muito individualizados. “Cada um traz uma história que cria as distorções. O subsídio é para dar uma transparência maior e, a partir disso, criar uma metodologia mais efetiva e transparente à progressão ao longo da carreira. Nós podíamos ter compartilhado mais com o sindicato, mas não foi possível”, falou.

Todos os servidores que optaram pelo modelo de subsídio vão receber um aumento de 5% em abril de 2012, referente a uma data base que seria em outubro de 2012. Eles já haviam recebido um outro aumento de 5% quando adotaram o modelo no inicio deste ano.

Segundo a Secretaria de Educação, 62% dos servidores optaram pelo subsídio como forma de pagamento. Com o novo modelo, a secretaria está dando a oportunidade para os 38%, ou 152 mil, adotarem o modelo de subsídio e ainda ganharem os 5% referentes a este ano e os 5% de abril de 2012. Os profissionais vão ter do dia 1º de setembro a 31 de outubro.

O governo manteve a proposta para os profissionais com nível médio de escolaridade um salário de R$ 1.122 em parcela única. O valor é referente a uma carga horária de 24 horas semanais e, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação, proporcionalmente maior que o piso salarial definido pelo MEC. O órgão fixou o piso salarial nacional em R$ 1.187,97 para jornada de 40 horas semanais.

Sindicato
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) disse que as mudanças apresentadas pelo estado não atendem à categoria, porque o piso salarial da classe não foi alterado. Segundo Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE, para os trabalhadores, o cálculo do pagamento pelo subsídio não atende à lei federal do piso salarial para os professores.

Segundo a sindicalista, o número de adesão ao subsídios apresentado pelo governo também não confere com os números que o sindicato dispõe. Segundo Beatriz, dos 200 mil profissionais que puderam fazer a escolha de manter o vencimento pelo modelo anterior ou do subsídio, 153 mil optaram pela regra antiga de pagamento. Outros cerca de 73 mil trabalhadores não tiveram, segundo o sindicato, escolha e foram colocados no subsídios e mais os 117 mil aposentados, que o sindicado não sabe quantos puderam fazer a mudança ou tiveram a remuneração imposta

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