quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A Greve continua!


Platão



Posted: 25 Aug 2011 07:58 AM PDT
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) publicada ontem tornou obrigatório e definitivo o pagamento do piso nacional de R$1.187,97 aos profissionais do magistério da educação básica. O acórdão,...

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Posted: 25 Aug 2011 04:08 AM PDT
O estado não poderá recorrer da decisão já que não é uma das partes da ação João Henrique do Vale -Publicação: 24/08/2011 20:22 Atualização: 24/08/2011 20:57Após decisão do...

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Posted: 24 Aug 2011 02:08 PM PDT
Após a realização de mais uma assembleia, os professores estaduais decidiram manter a greve. Durante a reunião ocorrida na tarde desta quarta-feira (24), ficou decidido que a categoria continuará de...

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Posted: 24 Aug 2011 11:38 AM PDT
Foi publicado no Diário da Justiça nesta quarta-feira (24) a resolução do cumprimento da Lei 11738 de 2008, que julga improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada por governos...

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Publicado Acórdão da ADI 41 67- Agora é Pagar o Piso e pronto!

Acórdão da ADI 4167 - Ementa:

CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA. PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO DE PISO: VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM 1/3 DA JORNADA. ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E III E 8º, TODOS DA LEI 11.738/2008. CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO.

1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008).

2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador.

3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008.

STF. ADI 4167. Relator Ministro Joaquim Barbosa. Divulgação:DJe de 23.08.2011, pág 27. publicação em 24.08.2011 





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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A greve continua e o Ano letivo está comprometido!

Na terça-feira, a nova rodada de negociações entre representantes da categoria e a SEE terminou sem acordo. A reunião ocorreu na sede do Ministério Público Estadual (MPE). Após o encontro no MPE, os educadores foram para a Praça da Assembleia Legislativa, no Bairro Santo Agostinho. Os grevistas participaram de uma caminhada até o Colégio Pio XII, na mesma região.

Segundo a coordenadora geral do Sind-UTE Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, cerca de 7 mil trabalhadores participaram do movimento. "O Governo não apresentou nova proposta, desta maneira vamos continuar em greve por tempo indeterminado", disse. A coordenadora do Sind-UTE acrescentou que a próxima assembleia estadual para tentar resolver a questão foi marcada para o dia 24 de agosto, quando haverá um grande ato com a participação de mais de 40 entidades sindicais, sociais e estudantis.

A categoria, que está 68 dias em greve, pede a adoção do piso salarial nacional para a educação, de R$ 1.597 para uma jornada de 40 horas semanais. O governo afirma que com a criação do regime de subsídio, em janeiro, o menor salário pago em Minas é de R$ 1.122 para uma jornada de 24 horas semanais. ( Com colaboração de Fernando Zuba ).
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Secretaria se reúne com sindicato para discutir fim da greve


Após decisões polêmicas e sem sucesso, como a contratação de professores substitutos, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) de Minas pretende abrir uma nova rodada de negociações com os educadores. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) se reúne hoje com a SEE na sede do Ministério Público Estadual (MPE) em mais uma tentativa para acabar com a greve, que já dura 68 dias. A primeira reunião com o MPE, no último dia 10, terminou sem acordo.

"Não vamos ficar surpresos se o governo não apresentar nenhuma proposta digna, que é o que ele já vem fazendo desde fevereiro, quando começamos a negociar", afirmou o coordenador de comunicação do Sind-UTE, Paulo Fonseca.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou os professores de escolas públicas de todo o país para uma paralisação hoje. Em pelo menos 11 Estados, os sindicatos locais vão fazer assembleias e outras mobilizações.

No último dia 9, a SEE determinou a contratação de 3.000 professores substitutos para as turmas do 3º ano, que se preparam para os vestibulares. Apenas 356 profissionais foram contratados. Caso seja feito um acordo na reunião de hoje, a seleção será suspensa e os contratados devem ficar até o fim do ano.

Segundo dados da SEE, do total de 3.777 escolas em Minas, 80 estão totalmente paradas e 671 estão com as atividades parcialmente paralisadas. Já o Sind-UTE informa que 50% das escolas continuam sem atividades.

Impasse. A categoria pede a adoção do piso salarial de R$ 1.597 para uma jornada de 40 horas semanais. O governo afirma que, com a criação do regime de subsídio, em janeiro, o menor salário pago em Minas é de R$ 1.122 para jornada de 24 horas semanais. Na reunião de hoje, a SEE vai revelar quantos professores recusaram o regime de subsídio.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

RESULTADO DA REUNIÃO: SINDUTE- MG, MINISTÉRIO PÚBLICO E SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE MG:


Agendada nova reunião entre o Mistério Público Estadual, Sind-UTE/MG e Governo

Na reunião de hoje (10.8) ficou acertado que o Governo Mineiro irá apresentar, na próxima terça-feira (16.8), às 10h, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), à Av. Álvares Cabral, 1.690, em nova rodada de negociação, os números de quantos trabalhadores retornaram à remuneração de vencimento básico e quantos permaneceram no subsídio. O prazo limite para esta definição foi hoje, dia 10 de agosto, em todo Estado.
Na ocasião, o governo reafirmou sua intenção de investir no subsídio como forma de remuneração. O Sind-UTE/MG também reafirmou a necessidade de discutir o Piso Salarial no vencimento básico, por entender que é a aplicação correta da Lei Federal 11.738/08 e que trará a valorização para toda a categoria.
“Este resultado é fundamental para os trabalhadores na negociação junto ao Governo de Minas, pois irá mostrar a realidade e a opção feita pela categoria. As secretárias consultarão o Governador sobre a possibilidade de apresentar a tabela do Piso Salarial no vencimento básico e também o cálculo de impacto financeiro dessa proposta na reunião que será realizada na sede do MPE, no próximo dia 16”, informou a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, ao final da rodada de negociação, que durou mais de três horas. O Sind-UTE/MG apresentou ainda a sua discordância de contratação para o 3º ano do Ensino Médio e informou ao MPE de que o Estado contratará pessoas sem formação para substituir a categoria em greve.
Participaram da reunião a coordenadora da Promotoria Estadual de Defesa da Educação do MPE, Maria Elmira Dick, o procurador-geral de Justiça Adjunto, Geraldo Vasques, além de diretores do Sind-UTE/MG e as secretárias de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazolla e a de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.
A greve foi deflagrada em 08 de junho último e, desde então, a categoria intensifica esforços na tentativa de abrir negociação com o governo do Estado, que se nega a implantar a Lei 11.738/08, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Em assembleia ocorrida nessa terça-feira (9.8), mais de sete mil trabalhadores em educação, coordenados pelo Sind-UTE/MG decidiram pela continuidade da greve da rede estadual.
FONTE: SITE SINDUTE-MG

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Servidores da educação de MG decidem Manter a greve!



Professores estão em greve há mais de 60 dias.
Categoria reivindica piso salarial de R$ 1.597, para 24 horas semanais.

Os servidores da rede estadual de educação de Minas Gerais se reuniram, na tarde desta terça-feira (9), decidiu manter a greve por tempo indeterminado. Os professores entraram em greve há mais de 60 dias, no dia 8 de junho. A paralisação resultou de um desacordo entre a categoria e o governo do estado, que divergem quanto à forma de remuneração e o valor do piso salarial. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), sete mil pessoas participaram do encontro.
Ainda segundo o Sind-UTE/MG, a assembleia da categoria debateu a remuneração proposta pelo governo, que prevê para os profissionais com nível médio de escolaridade um salário de R$ 1.122 em parcela única. O valor é referente a uma carga horária de 24 horas semanais e, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação, é proporcional à tava de vencimento básico definida pelo Ministério da Educação (MEC). O órgão fixou o piso salarial nacional em R$ 1.187,97 para jornada de 40 horas semanais.
No dia 6 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a lei que criou o piso nacional de salário do professor, fixado em R$ 1.187,97 para este ano. A decisão considerou como piso a remuneração básica, sem acréscimos pagos de forma diversa pelos estados. O Sind-UTE alega que o cálculo do MEC está defasado.
O sindicato da categoria reivindica um piso salarial de R$ 1.597,87 para jornada de 24 horas e Ensino Médio de escolaridade. O valor defendido pelo Sind-UTE/MG segue cálculo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação.
Paralisação  A greve dos professores completou 62 dias, nesta terça-feira (9), sendo que, destes, 34 correspondem a dias letivos, que vão precisar de reposição das aulas. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, a paralisação atinge 18% das 3.777 escolas públicas estaduais: 2% estão totalmente paradas e outros 16% em paralisação parcial. Para o Sind-UTE/MG, a adesão é maior e atinge 50% das escolas.

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Estudantes protestam contra greve de professores na avenida Afonso Pena


08/08/2011 13h35

Estudantes do Instituto de Educação de Minas Gerais (Iemg) fizeram uma passeata na avenida Afonso Pena, próximo ao Palácio das Artes, nesta segunda-feira (8) e deixaram o trânsito lento no local.
Revoltados e se sentido prejudicados com a greve dos professores da rede estadual, os estudantes pediram o retorno das aulas. A passeata durou aproximadamente duas horas.
Segundo a BHTrans, apesar da lentidão registrada por causa do ocorrido, às 15h o trânsito fluía normalmente no centro de Belo Horizonte.
Há dois meses em greve, professores decidiram que ficarão de braços cruzados por tempo indeterminado, em resposta ao governo de Minas, que decidiu não acatar todas as reivindicações da categoria. O prazo dado pelo governo para que professores aceitem as medidas que podem ser oferecidas termina nesta quarta-feira (10).

Matéria atualizada às 15h10

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sábado, 6 de agosto de 2011

OS PAIS ESTÃO COMEÇANDO A SE MOBILIZAR...MAS EU ACHO QUE TARDE DEMAIS!


A Federação das Associações de Pais e Alunos de Escolas Públicas de Minas Gerais entrou com um pedido no Ministério Público Estadual (MPE) para suspensão imediata da greve dos professores da rede estadual. A paralisação chegou ontem ao seu 58º dia.

O presidente da federação, Mário de Assis, disse que o movimento já passou dos limites toleráveis. "Os alunos já estão há quase dois meses sem aula e muitos não têm onde ficar e o que comer, pois dependem das merendas". A Promotoria da Infância e Juventude vai se reunir na próxima semana para avaliar o que será feito.


Protesto. Cerca de 50 professores fizeram ontem uma passeata na avenida Vilarinho, em Venda Nova. Com cofrinhos, eles pararam na porta de um banco e pediram dinheiro às pessoas para os trabalhadores que tiveram o ponto de junho cortado. A Secretaria de Estado da Educação (SEE) informou que está analisando formas de minimizar os impactos da greve. 


Fonte: Jornal O Tempo


Comentário do Blog: Agora eles estão vendo que nós professores somos importantes! Mesmo que o Ministério Público obrigue nos Professores a voltarmos, eles não terão os professores que querem, pois iremos trabalhar pelo valor que nos pagam e pronto!
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Professores mantêm greve iniciada no dia 8 de junho


A categoria reivindica a adoção do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) para os professores de nível médio e jornada de 24 horas semanais


LUCAS PRATES
Professores
Após a assembleia os professores seguiram em passeata até o Centro da cidade

Os professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais decidiram manter a greve iniciada no dia 8 de junho. A categoria fez assembleia nesta quarta-feira (3) no pátio da Assembleia Legislativa, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, de onde saíram em passeata até o Centro da cidade. Após ocupar as escadarias da Igreja São José, interditaram a Avenida Afonso Pena os dois sentidos. A próxima assembleia acontece às 14 horas da terça-feira (9), também na AL.
Segundo a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, a categoria reivindica a adoção do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) para os professores de nível médio e jornada de 24 horas semanais. "Quem não reagiria a um vencimento básico de R$ 369 pra nível médio de escolaridade, como é aqui em Minas?", perguntou, indignada.

A Secretaria de Estado da Educação (SEE) informou, por meio de nota, que o piso salarial pago aos profissionais da Educação em Minas Gerais é superior ao estabelecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). "Considerando-se a regra da proporcionalidade para a jornada de trabalho, o valor pago pelo Governo de Minas aos professores com nível médio de formação é 57,55% superior ao valor estabelecido pelo piso nacional, respeitando, assim, a lei do piso".
Piso

O PSPN foi instituído em 16 de julho de 2008 e estabelece o vencimento básico de R$ 1.187 para uma jornada de 40 horas semanais para professores com formação em nível médio.

Em Minas, a jornada de trabalho dos profissionais é de 24 horas. A Secretaria de Estado da Educação informou que "a menor remuneração paga a um professor de nível médio de escolaridade é de R$ 1.122,00 para uma jornada de 24 horas semanais de trabalho".
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Em respeito à verdade: o nosso contracheque


Em respeito à verdade: o nosso contracheque
Em respeito à verdade: o nosso contracheque
O Governo de Minas não paga o Piso Salarial. Mas articula uma estratégia de confundir a sociedade, nos desmoralizar e, com isso, não realiza a negociação do cumprimento da Lei Federal 11.738/08.
A melhor prova de que o governo não paga o Piso Salarial é o contracheque de cada trabalhador. Publicamos neste espaço os contracheques da categoria.
Verifique os vencimentos básicos! Minas não paga o Piso!
Este contracheque é de uma professora pública com dois cargos. São 25 anos de serviços prestados ao Estado em um cargo e, 21 anos em outro. Ela possui duas habilitações especificas na área que atua, além de pós-graduação.

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

POLÍTICA REMUNERATÓRIA DO GOVERNO DE ESTADO NÃO ATENDE OS SERVIDORES

BOLETIM DO SINDFISCO MG  

Política remuneratória do governo não atende os servidores,
Não podemos perder o foco no coletivo
Na última reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones), realizada em 12 de julho, o governo apresentou proposta de política remuneratória dos servidores públicos estaduais. Diante do cenário que se apresenta – inflação alta, pífio crescimento da receita, crescimento menor do PIB, sem previsão de reposição salarial em 2012 – tal proposta, a exemplo da de 2006 (PL 3669/06), continua não atendendo às necessidades do funcionalismo, que convive com o arrocho salarial desde 2003.

Neste ano, algumas categorias do funcionalismo se organizaram e conseguiram avanços. A nossa categoria não pode se acomodar, deve continuar participando dos debates com os colegas nas unidades e estar pronta para as ações de mobilização do Sindicato.

Desse modo, não podemos perder o foco no coletivo, a fim de garantir uma política remuneratória que reponha as perdas inflacionárias. A política remuneratória que o governo quer implementar, a partir de outubro de 2012, na qual 50% da variação da receita tributária do Estado seria aplicada sobre a folha de pagamento de pessoal, não atende às nossas reivindicações.

Embora o governo afirme que há previsão de crescimento da receita tributária de 5,02% em 2012, 5,87% em 2013, 6,17% em 2014 e 4,74% em 2015, desses percentuais seria descontado o crescimento vegetativo da folha. Além disso, na proposta do governo, só haverá reajuste se não se contrariar o Programa de Ajuste Fiscal mantido com a União, em decorrência da Lei Federal 9.496/1997 (negociação da dívida).

A proposta está recheada de condicionantes, tais como: 1- equilíbrio fiscal; 2- 85% do limite legal da LRF (41,65%) como limite máximo possível de ser alcançado pela aplicação direta do reajuste proveniente dos efeitos desta Lei; 3- sustentabilidade da capacidade de pagamento de obrigações a cargo do Tesouro Estadual; 4- não comprometimento da capacidade de investimento.

Assim, fica claro como a questão da dívida do Estado influencia a política remuneratória e a vida do servidor. Em abril de 2011, a dívida contratual do Estado atingiu R$ 65,95 bilhões e Minas Gerais gasta até 13% da Receita Líquida Real (RLR) para pagamento dos juros e encargos. Como se verifica, o governo faz que dá com uma mão, mas retira com a outra. Ou seja, pode se ter um aumento razoável da arrecadação, mas se a despesa líquida com pessoal atingir 41,65% da Receita Corrente Líquida (RCL), o governo não aplicará a política remuneratória, o que significa reajuste zero.

Dentro da nova metodologia da LRF, o Estado atingiu, no primeiro quadrimestre de 2011, 46,53% da RCL (na antiga metodologia, 50,02%), no entanto a previsão era de que seria 44,37% no segundo quadrimestre de 2011 e de 40,63% no terceiro quadrimestre do mesmo ano. Assim, em dezembro de 2011, se aplicada essa política remuneratória, o governo concederia reajuste de apenas 1,02% da RCL e teria, ainda, que descontar o crescimento vegetativo da folha de pessoal de R$ 161 milhões – conforme estimativa do governo. A previsão, chamada pelo governo de margem para aumento, seria, em 2012, de R$ 285 milhões para todos os servidores, exceto para aquelas categorias que, segundo o governo, têm políticas remuneratórias próprias.

O que isso significaria de reajuste na folha total do Executivo, que ultrapassa R$ 20 bilhões? Mesmo descontando as carreiras que o governo diz ter políticas remuneratórias próprias, a folha dos demais cairia para algo em torno de R$ 11,20 bilhões (estimativa); o valor de R$ 285 milhões representaria um reajuste de 2,55% no final de 2012.
O mais justo seria reivindicar, no mínimo, a proposta feita aos servidores da segurança pública, que contém os seguintes reajustes.
Dez/2011 7%
Out/2012 10%
Ago/2013 13%
Jun/2014 15%
Dez/2014 12%
Abr/2015 15%
No acumulado de quatro anos, esse reajuste somaria 97%. Entretanto, para que os auditores fiscais também consigam avanços como esse, serão necessários pressão e mobilização da categoria.

Postado por Beatriz Cerqueira
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Cadê meu piso, governador?

Cadê meu piso, governador?

O governo de Minas anunciou durante todo o final de semana que paga até mais que o piso salarial para os professores de Minas. Disse que o menor salário é de R$ 1.122,00 para o profissional com ensino médio. Pois estou exibindo hoje o meu contracheque, referente ao mês dejulho de 2011, que prova que o governo mentiu para a população de Minas.

Como professor com ensino superior,PEB 3 B, pelo piso proporcional do MEC, que é aquele que o governo cita como referência, eu deveria receber, de salário inicial, R$ 1.091,84 + 20% de pó de giz + R$ 34,00 de auxílio transporte, totalizando R$ 1.344,20. E se aplicasse o terço de tempo extraclasse como manda a Lei Federal 11.738/2008, este valor subiria para R$ 1.512,23.

Mas, no lugar desses valores que são exigência constitucional, o governo de Minas me paga um piso de R$ 567,04 e com as gratificações citadas apresenta o total (sem o desconto de greve) de R$ 969,50. Com os descontos da greve, meu salário líquido será deR$ 477,17.

A mesma situação se verifica com mais de 85 mil educadores (por enquanto) que optaram pelo antigo sistema remuneratório, que o governo escondeu da população, para não ter que reconhecer que não paga o piso, ou melhor, que paga o pior vencimento básico do país: R$ 369,00 para o professor com ensino médio.

De uma só vez, o governo cometeu três ilegalidades: 1) reduziu o salário dos educadores para o salário de dezembro de 2010, após sete meses de vigência do novo salário com reajuste; b) não aplicou o piso salarial no vencimento básico no antigo sistema, o que representa um desrespeito grosseiro à Lei Federal, ainda mais considerando que o governo está fazendo propaganda afirmando para todos que já paga até mais do que o piso para todos os educadores; 3) cortou os dias de greve, quando a nossa greve é legal, é legítima e visa forçar o governo a cumprir a lei.

Com esses atos, fica claro para a população mineira e brasileira que estamos lidando com um governo sem compromisso com o social, com a democracia, com o respeito à liberdade de expressão - já que a nossa imprensa é quase toda comprada e não realiza um trabalho de jornalismo que mereça este nome. Além disso, o governo de Minas é o único responsável pela greve e pelos prejuízos que os alunos terão com a ausência das aulas. O ano letivo, obviamente está ameaçadopor conta do governo, que não cumpre a lei e não paga o piso dos educadores.

Num grosseiro desrespeito à lei do piso, que é conquista nacional dos educadores, o governo de Minas tentaforçar um outro sistema remuneratório, o subsídio, que destrói o nosso plano de carreira, é salário total, não tem vencimento básico, incorpora gratificações e com isso fica descolado da Lei do Piso.

Não sei se algum órgão de imprensa terá a coragem de divulgar que em Minas, professores com 5, 10 ou 15 anos de casa, com curso superior, recebem de piso salarial o equivalente a um salário mínimo, quando, pela lei federal, deveriam estar recebendo no mínimo o dobro ou o triplo.

É uma vergonha para Minas Geraisficar conhecida como o estado onde os educadores recebem o mais baixo piso salarial do país. Enquanto canta aos quatro ventos que bate recordes em arrecadação, a ponto de poder construir cidades administrativas, viadutos e estádios de futebol.

Até quando Minas e o Brasil aceitarão esta realidade de descaso para com os educadores e com a Educação pública? Justamente o ensino público, que pode proporcionar aos filhos dos trabalhadores de baixa renda uma formação crítica, que contrarie a cultura marcada pelo egoísmo, pela violência, e pela canalhice que os de cima oferecem como exemplo?

Em nome da nossa dignidade e dosnossos direitos constituídos em lei,continuaremos em greve. Até a nossa vitória final!

Um forte abraço a todos e força na luta!

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